domingo, 15 de maio de 2011

Direto do Blog Toque Musical

Link para a matéria original
"Olá, bom dia! Boa tarde! Boa noite! Não importa a hora que você chegou até aqui, seja bem vindo. Para esta semana eu ando planejando postar alguns álbuns de música erudita e coisas do gênero. Temos muita coisa bacana e que merece ser melhor divulgada. No caso da música erudita mais ainda. Tem gente que acha que no Brasil só se faz música 'prá pular' e com isso acaba gostando apenas do popular. Vamos abrir o leque, a mente e os ouvidos. Que tal? :)
Começarei com algo próximo do que sempre temos visto e ouvido por aqui. Vamos hoje com uma ilustre cantora lírica, Alice Ribeiro, que como tantas outras do gênero, ficou no esquecimento ou limitada ao pequeno grupo de estudiosos da música e acadêmicos, referência (infelizmente) para poucos. Alice Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro e foi uma das nossas mais importantes sopranos. Reconhecida internacionalmente, atuou, além do Brasil, nos Estados Unidos, Europa e Rússia. Foi sucessora de Luis Cosme na cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música.
O disco que aqui apresento faz parte da série Música Brasileira" gravada por ela e seu marido, o não menos ilustre compositor e maestro José Siqueira, nos anos 60 para o selo Corcovado. Neste álbum temos Alice intrepretando diversas composições da canção brasileira, sendo em sua maioria obras de José Siqueira, peças até bem populares. Vale a pena conferir essa jóia ;)

a casinha pequenina
coco peneruê
papai noel
natió
engenho novo
acalanto
azulão
querer bem não é pecado
balança eu
nesta rua
boi bumbá
virgens mortas"

sábado, 14 de maio de 2011

11 Maio 1961

Nesta última quarta feira, dia 11 de maio, completou 50 anos a primeira apresentação mundial da Ópera A Compadecida de José Siqueira. A obra é uma musicalização da Peça O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna.

Ficha Técnica:

Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Regência de José Siqueira

Elenco: Alfredo Colosimo – Ivan Senna – Assis Pacheco – Roberto Miranda – Edson Castilho – Alfredo Mello – Enzo Feldes – Raul Gonçalves – Aracy Bellas Campos – Lia Salgado – Newton Paiva – Alcebíade Pereira – Carlos Dittert – Carlos Walter

:: Acervo Origens ::: José Siqueira - Xangô: Cantata Negra (24/03/2011)


:: Acervo Origens ::: José Siqueira - Xangô: Cantata Negra (24/03/2011):
"José Siqueira foi um homem simplesmente impressionante. Maestro, compositor e acadêmico, era reconhecido internacionalmente pela competência..." Clique aqui para ler o link completo e ouvir José Siqueira - para Exu by Acervo Origens

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vamos divulgar!

O site www.dominiopublico.gov.br é importantíssimo para a difusão literária e artística em geral, com centenas de obras em PDF para download gratuito.

Por falta de acessos, foi cogitado pelo Ministério da Educação o cancelamento deste serviço, ou seja, uma perda muito séria para todos.

Vamos defender e divulgar este espaço de educação e de cultura!

domingo, 3 de abril de 2011

Aos músicos da cidade do Rio de Janeiro

Vejo com surpresa e apreensão a recente crise na OSB. A apreensão se justifica por eu ser neta do Maestro José Siqueira - fundador dessa orquestra e constante defensor dos interesses da classe musical - e acompanhar a postura e a impostura dos atuais dirigentes com relação aos músicos, aos patrocinadores, aos assinantes e ao público em geral. Quanto à minha surpresa, ela se deve ao fato de eu não pertencer ao meio artístico, de ser profissional da área de comunicação e de publicidade e, até hoje, não haver imaginado que tamanha insensibilidade fosse possível em pessoas cuja atividade toca o que há de mais sublime na expressão humana.

Meu avô era um idealista, um visionário de incansável ânimo. Nascido há 104 anos, falecido há 26, tem hoje sua memória como compositor e como realizador bem mais restrita do que mereceria, em parte pelas circunstâncias de sua própria vida, marcada pela perseguição política, em parte pela morte prematura de meu pai, seu único filho, o que fez de mim sua única descendente direta e responsável pela divulgação de seu legado através do Instituto Cultural José Siqueira.

A Orquestra Sinfônica Brasileira fundada por meu avô em 1940 era uma Sociedade Anônima, uma ação entre músicos, criada em plena Guerra Mundial com a missão de reunir os melhores instrumentistas presentes no Rio de Janeiro, de propiciar a eles condições favoráveis para o exercício profissional e de oferecer ao público concertos de qualidade inédita à época.

Menos de trinta anos mais tarde, aquela primeira OSB sucumbiu às dificuldades financeiras, às intrigas e às disputas de poder, precisando remodelar-se como Fundação e alterar a participação dos músicos, que deixaram de ser cotistas para se tornarem empregados.

Não cabe a mim fazer juízo pessoal sobre a história dessa orquestra e de suas várias e diferentes direções nos pouco mais de quarenta anos que desde então se passaram, mas a grandeza do prestígio de sua marca e o percurso artístico ininterrupto por ela cumprido ainda a consignam, é inegável, como um dos mais importantes conjuntos sinfônicos do país.

Entretanto, hoje, a dimensão da crise deflagrada é que me leva a escrever esta carta aberta aos músicos da cidade do Rio de Janeiro, não só àqueles que foram vítimas diretas das equivocadas decisões dos dirigentes, mas a todos os profissionais da área, aos professores de música, às entidades de classe, aos patrocinadores da cultura, aos assinantes de temporadas e, sobretudo, aos jovens instrumentistas que almejam um dia exercitar seu ofício em uma orquestra de forma digna. São as características da crise deflagrada que me levam a sugerir aos músicos da cidade do Rio de Janeiro que se unam pela refundação da Orquestra Sinfônica Brasileira, que a façam uma instituição cujo foco seja sempre a melhor qualidade artística, resultante de esforço coletivo e de uma orientação competente, e não objeto de manipulações políticas, de interesses marqueteiros ou de pretensões personalistas.

A OSB mereceria voltar a ser uma ação de músicos pelo bem cultural de nossa cidade, mereceria deixar de estar submetida a conselhos de notáveis sem saber específico ou ao contra-senso dos prepotentes, mereceria o equilíbrio ponderado de cargos de diretor artístico e de regente titular não acumuláveis, mereceria uma orientação executiva enxuta e dedicada à eficiência do desempenho orquestral, mereceria a adesão de pessoas físicas como fundamentais investidoras e o patrocínio de empresas como efetivas parceiras na cadeia econômica da música de concerto e mereceria, também, o aceno das várias esferas de governo através de políticas públicas que atendessem às demandas do setor, pois tudo isto reverteria não apenas em prol da OSB, mas do próprio desenvolvimento humano dos brasileiros.

O Maestro José Siqueira, meu avô, foi um dentre os muitos que um dia se uniram para conceber e organizar a primeira e mais tradicional das grandes orquestras do Brasil. Portanto, não será a ação de uns poucos que haverá de fazê-la calar-se em definitivo, menos ainda sob o pretexto de que tal silêncio seria o prenúncio de uma suposta melhoria da OSB.

Mirella San Martini Siqueira

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ordem dos Músicos do Brasil - OMB

OMB & UNIÃO DOS MÚSICOS DO BRASIL - UMB

O presidente da República, Juscelino Kubitschek assinou, em 1960, a criação da Ordem dos Músicos do Brasil.

Ao ser criada a Ordem, os conselhos regionais e federal eram compostos por músicos como Heitor Villa-Lobos, Radamés Gnatalli e Francisco Mignone.

O idealizador da Ordem dos Músicos do Brasil - OMB foi o paraibano José de Lima Siqueira. Ao falecer, na cidade do Rio de Janeiro, em 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural. Compositor, regente, professor e musicólogo, Siqueira criou e dirigiu quatro orquestras - a Sinfônica Brasileira, a Sinfônica do Rio de Janeiro, a Sinfônica Nacional e a Orquestra de Câmara do Rio de Janeiro.

Em 1957, o maestro Siqueira fundou a União dos Músicos do Brasil (UMB) para solucionar uma questão essencial para a classe: a regulamentação e o reconhecimento legal da profissão de músico, que não existia. "Na época, os músicos eram divididos em grupos estanques que não tinham relações em comum. Fomos até o Villa-Lobos, Eleazar de Carvalho, e conseguimos um grande número de assinaturas - foi um milagre de configuração política", relembra o teatrólogo e violinista Hélio Bloch, sócio número 2 da UMB.

Durante um ano, a associação atuou como uma espécie de "CUT musical", agregando os sindicatos estaduais e as bandas militares. Em 1958, o maestro Siqueira, que também era advogado, trocou a batuta pela caneta e redigiu um anteprojeto de lei para a criação da Ordem dos Músicos.

O documento foi entregue ao presidente da República Juscelino Kubitschek - JK, no dia de seu aniversário, durante uma alvorada musical. Os artistas queriam que o presidente acordasse para o problema da regulamentação da profissão. E foi o que aconteceu, literalmente.

Às 5h. da manhã, uma orquestra se instalou nos jardins do Palácio do Catete e, sob a regência de Eleazar de Carvalho, atacou uma apoteótica interpretação da folclórica canção Peixe Vivo.
Juscelino sancionou a Lei nº 3.857, que criou a Ordem dos Músicos do Brasil, em 22 de dezembro de 1960, e o primeiro presidente do órgão foi seu próprio idealizador. Siqueira ficou três anos no cargo. Em 1964, com o golpe militar, ele e outros dirigentes regionais da OMB - como Constantino Milano Neto, em São Paulo - foram acusados de pertencer ao Partido Comunista e acabaram destituídos após uma intervenção federal. "Acho que o fato de Siqueira ser um simpatizante atuante das ideologias de esquerda influenciou a inclusão de seu nome na
lista negra do regime militar", afirma Bloch.

Fundação da Orquestra Sinfônica Brasileira

A OSB nasceu em meados dos anos 40, pela iniciativa do maestro José Siqueira e um grupo de músicos liderados por ele. Ao longo de sua jornada, a OSB vem lançando vários projetos e buscando renomados músicos internacionais para participarem das suas maravilhosas temporadas.
Primeira reunião pública para subscrição das ações da OSB, realizada em 5 de agosto de 1940. A orquestra estrearia 12 dias depois. Sentados da esquerda para a direita prof. Dante Fantauzzi (violinista), prof Orlando Frederico (violonista), maestro José Siqueira, maestro Francisco Braga (de óculos escuros), prof. Antão Soares (clarinetista) e em pé na extremidade direita o prof Eleazar de Carvalho.

Fotos do Maestro José Siqueira

Fotos diversas do Maestro José Siqueira que podem ajudar quem está fazendo pesquisas ou trabalhos acadêmicos.
João Luiz Duboc Pinaud e Maestro José Siqueira



CD De Joselia Ramalho Vieira

Suite Sertaneja para Violoncelo e Piano
Aboio
Coco de Engenho

Meditação para trombone e piano

Três Estudos para Flauta e Piano
Calmo
Tempo de Toada
Tempo de Coco

Quatro Canções para Soprano e Piano
Foi numa noite calmosa
Vai meu suspiro
Longe de ti
Ela era virgem

II Sonata para Violino e Piano
Allegro Brillante
Andatino con Sentimento
Allegro Vivo

Recital UFPB

Jornal da Paraiba 10-7-2009

Fotos do Maestro José Siqueira

Algumas fotos da posse do Maestro José Siqueira na Academia Brasileira de Arte.

Convite Posse na Academia Brasileira de Arte

1974 Posse na Academia Brasileira de Arte

1974 Posse na Academia Brasileira de Arte

1974 Posse na Academia Brasileira de Arte



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Atividades Orquestra Infantil 2011

Por Leonardo Sá:
Atividades da Orquestra Infantil Maestro José Siqueira reiniciadas no dia 4 de janeiro, terça-feira, com preparação da equipe e encontros técnicos dos monitores de cordas com João Carlos Ferreira, da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Nesta semana, organização do arquivo e, no dia 18, retomada dos ensaios gerais.